A Covid e os idiotas

*Rodrigo Alves de Carvalho


A Covid já matou mais de 200 mil pessoas no Brasil 

E idiotas se preocupam em defender seus políticos preferidos 

Famílias sofrem pela perda de entes queridos 

E idiotas buscam justificativas patéticas para defender o político em quem votou. 

Pessoas sofrem sem atendimento devido ao colapso na saúde 

E idiotas só ficam indignados quando envolve o político adversário 

Testemunhamos casos reais de pessoas sofrendo pela doença 

E idiotas preocupados com a eleição ou reeleição de seus políticos preferidos. 

Enquanto ao nosso lado pessoas se contaminam, pessoas sofrem e chegam a morrer 

Idiotas negam a existência da doença, bebem, dançam e se aglomeram 

Porque tem a certeza que estarão vivos para poder votar no político preferido 

Porque como idiota, vale mais o voto no seu político do que a vida de um semelhante. 

Infelizmente nosso país politizou uma grave doença cujo resultados nefastos estão bem à vista de todos, não é invenção, não é intriga da oposição. 

Mas os idiotas, não querem enxergar como uma doença que assola o país. 

Eles preferem ver uma oportunidade de promover seu político preferido ou difamar o político adversário.  

Quando pararmos de tratar a covid como política e passarmos a tratar como uma grave doença, quem sabe poderemos começar a combater esse vírus, cobrando os políticos austeramente, sem a imbecilidade que se tornou essa coisa de lados ou ideologias furadas. 

Quando deixarmos de cultivar políticos de estimação, quando agirmos com racionalidade e bom senso, quem sabe consigamos vislumbrar dias melhores. 

Enquanto isso, temos que nos cuidar, aguardar a tão esperada vacinação e mesmo assim, vamos continuar tropeçando em todos os lados com mais e mais idiotas. 

*Jornalista, escritor e poeta, nasceu em Jacutinga (MG), possui diversos prêmios literários em vários estados e participação em importantes coletâneas de poesia, contos e crônicas. Em 2018 lançou seu primeiro livro individual intitulado “Contos Colhidos” pela editora Clube de Autores.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal da Nova

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